Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2015

a força e a música de Star Wars: a primeira trilogia

Não é sempre que a cultura pop gera histórias com tanta ressonância moral dentro de seus produtos fabricados para o entretenimento rápido e indolor. A saga Star Wars é um desses produtos de alto valor de mercado, mas também com relevantes proposições éticas. O conflito entre o Bem e o Mal perpassa toda cinematografia americana, sendo a saga criada por George Lucas uma dessas obras que reúne o entretenimento familiar, o escapismo simples e um fundo moral absoluto. Por isso, vale explorar um pouco os temas do enredo e também os temas musicais da saga Star Wars . Nesta postagem, os episódios 4, 5 e 6. Star Wars - Episódio IV: uma nova esperança  O primeiro filme da saga ainda exala novidade, mesmo em confronto com a qualidade dos efeitos visuais do século 21. Mas o salto tecnológico dado com este filme, lançado em 1977, não é o que impulsiona a adesão de novos fãs. É a caracterização dos personagens, todos bastante carismáticos: o jovem e impulsivo Luke Skywalker, a valente princesa

hino do impeachment

Eu devia estar orgulhoso e contente com o processo de impeachment da presidente "Mas confesso abestalhado Que eu estou decepcionado Porque foi tão fácil conseguir E agora eu me pergunto: E daí?" Daí que veio pelo motivo errado com cheiro de revanchismo e quem passar pelo impítima vai se fazer de vítima pra tudo terminar em barganha e a gente cheio de vergonha "olhar no espelho Se sentir um grandessíssimo idiota Saber que é humano, ridículo, limitado Que só usa dez por cento de sua Cabeça animal E você ainda acredita que é um doutor, padre ou policial Que está contribuindo com sua parte Para nosso belo quadro social" é, raulzito, o impeachment é nosso "ouro de tolo"

convite musical + música e religião na era do pop

Anúncio do lançamento do meu livro "Música e Religião na Era do Pop" na Casa Aberta Juvevê. E mais a volta do trio em que canto com meus dois filhos. Ficamos parados por quase 3 anos, já que nosso primeiro tenor era um juvenil que se tornou um adolescente de voz grave.rs Deu tempo até de publicar um livro.

a música cristã além do dogmatismo

A revista Veja publicou matéria sobre Leonardo Gonçalves e os irmãos André e Tiago Arrais, juntamente com vários outros cantores cristãos brasileiros. Cantores de diferentes igrejas cantando juntos. Pode isso, irmão Arnaldo? Eles deveriam ser mais dogmáticos e se posicionarem o tempo todo sobre crenças fundamentais particulares?  Não se exige da ADRA, agência cristã de ação humanitária, que ela faça panfletarismo doutrinário durante suas ações ao redor do mundo. Aliás, a ADRA é respeitada e elogiada não pela apologia de credos, mas por fazer um trabalho importantíssimo no auxílio a vítimas de catástrofes e tragédias. Esse trabalho prioritário é resultado da sua mentalidade cristã. Fala-se muito na dificuldade do cristianismo contemporâneo de alcançar as chamadas “mentes secularizadas” ou “mentes pós-modernas”. No entanto, quando os músicos elaboram formatos contemporâneos para atrair essas “mentes”, quando o trabalho deles parece estar indo de vento em popa, surge alguém p

a redação do ENEM e o complexo de Nazareno

Há uma classe de pessoas que ainda padecem de um mal que em pleno século 21 deveria estar tão extinto quanto os dinossauros e as fitas cassete: são os espécimes que se espantam com mulher falando em público por seus direitos. Eles sofrem do complexo de Nazareno, aquele personagem da TV que, ao menor sinal de reclamação da mulher, dizia: “Calada!” Queremos votar . Calada! Quero respeito , cantava Aretha Franklin. Calada! Salários iguais em cargos profissionais iguais . Calada! A persistência da violência contra a mulher . Calada! As reclamações de que o tema da redação do ENEM era obra do progressismo, feminazismo, doutrinação liberal e conspiração petista para tornar os machos reféns das empoderadas mulheres são de uma imbecilidade atroz. Acreditar que não se deve discutir em público a violência milenar contra as mulheres de um modo geral revela uma faceta de ignorância que também merece ser tema de redação nos próximos vestibulares: “A persistência da intolerância e

discurso do professor inconformado

O apóstolo Paulo, em uma de suas cartas às primeiras igrejas cristãs, disse: “Não vos conformeis com este século”. Caros músicos e educadores musicais, não vos conformeis com a música deste século, não vos conformeis com a educação deste século. Conformar-se é resignar-se à impossibilidade de mudança, é contentar-se com o pão dormido da mesmice, é estacionar no vento frio que congela o movimento. Sem movimento não há educação bem-sucedida. Mas um educador que não se conforma é como a viola que tange o retrocesso pra lá, é como o ritmo do tambor que move a canção irresistivelmente para diante, é como a música que, uma vez iniciados seus primeiros compassos, não olha mais para trás, a não ser para repetir a melhor parte. Me deem professores inconformados e eu moverei o mundo. “Eu ainda não encontrei o que estou procurando”, cantava a banda U2. Esse refrão é um símbolo do professor inconformado, do educador que está sempre procurando as melhores maneiras de facilitar e comp

o papa e o planeta: ecologia virou ecorreligião?

O ambientalismo está seguramente entre os atuais projetos mobilizadores do mundo. Por meio do seu discurso de defesa da Terra, o ambientalismo é capaz de congregar religiosos e ateístas. Até porque este planeta é a nossa casa e, como convém aos tempos de partilhamento de tarefas domésticas, todos são responsáveis por levar o lixo pra fora.  É assim que, ao contrário do comunismo, do capitalismo de livre mercado e do fundamentalismo islâmico, que desagregam o mundo social, geográfica e economicamente, o ambientalismo reúne indivíduos de todas as faixas de renda e escolaridade. Muitas vezes, o ambientalista é alguém que não reciclava lixo ("era cego") e então passou a lutar contra qualquer torneira aberta ("agora vê"). Alguns deles são capazes de cruzar cercas elétricas para resgatar poodles em cativeiro nos laboratórios ou arriscar a vida nos mares defendendo baleias. Se o ambientalista pode ser um mártir, por outro lado, por ser tão decidido a converter

happy birthday to you agora é free

Após 80 anos, encerrou-se um capítulo da batalha pela posse do copyright da canção “Parabéns pra Você”. No dia 22 de setembro, um juiz federal da corte de Los Angeles considerou inválido o copyright que desde 1988 estava sob controle da companhia Warner/Chappel, que lucrava uma média de 2 milhões de dólares anuais com os royalties da famosa “Happy Birthday to You”. Até agora, os produtores de filmes e programas de TV que queriam economizar um trocado substituíam Happy Birthday por uma canção que ninguém canta em festinha de aniversário: “Fulano é bom companheiro... [For he’s a jolly good fellow...]. O juiz declarou que o copyright, original de 1935, só vale para o arranjo de piano que está nessa partitura, mas não vale para a melodia, visto que Happy Birthday to You emprestou a melodia da canção “Good Morning to All”, que está em domínio público. Essa canção foi composta em 1875 por duas irmãs professoras primárias do Estado do Arkansas para a entrada dos seus aluninhos na

causa de morte de músicos em cada estilo musical

Alguém se deu o trabalho de fazer um quadro comparativo das "causa mortis" de músicos por gênero musical. De fato , trata-se de pesquisa conduzida pela professora Dianna Kenny, da Universidade de Sidney, que investiga as causas de morte precoce de músicos.  Nesse quadro, músicos do gospel têm taxas menores de morte por câncer ou ataque do coração do que as dos músicos de blues, jazz, pop e country, mas músicos desses estilos morrem menos por assassinato do que os músicos gospel. 30% dos músicos de jazz e blues morreram por problemas cardíacos ou câncer, o que certamente foi causado pelo estilo de vida e não pela música que tocavam. Nesses estilos, há menos mortes por suicídio do que no punk (11%) e no metal (19%). Mais do que o dobro de suicídios no rock e no rap. Já no rap, as taxas de morte por câncer e problemas cardíacos é muito menor do que as taxas observadas em todos os outros estilos. Um analista descuidado lê isso e vai recomendar a audição de uma do

o adventismo no mundo: analisando as taxas de expansão e retração

Encerrados os trabalhos da Conferência Geral da Igreja Adventista, é hora de avaliar alguns números das declarações estatísticas anunciadas no evento. Os números por si não podem falar tudo. Seria necessário olharmos para os fatores que constituem o contexto social e histórico de cada campo onde o adventismo está presente, a fim de compreender os números de expansão ou de estagnação do adventismo em diferentes regiões.  Pretendo abordar somente a taxa de crescimento mundial dos adventistas, dedicando algumas linhas também à análise dos dados estatísticos da igreja. Em outra postagem, quero postar breves análises mais específicas do contexto adventista no Brasil. Os números da Conferência Geral dão conta de 18.550,589 membros registrados até 31 de março de 2015. Logicamente, é um crescimento fenomenal considerando-se que o adventismo foi formalmente organizado em 21 de maio de 1863 com a inclusão de 125 igrejas e 3.500 adeptos. Se a taxa de crescimento é exponencial, outro

adeus a James Horner, o compositor dos filmes épicos

O compositor James Horner morreu na segunda-feira, 22/6, quando pilotava sua aeronave na Califórnia. Tinha 61 anos e um respeitável currículo de trilhas sonoras para o cinema. Sua parceria mais famosa foi com o cineasta James Cameron: Aliens, o resgate (1986), Titanic ( 1997) e Avatar (2009) têm música de James Horner. Música de sonoridade ruidosa para o terror espacial de Aliens, percussão e música épica para Avatar e todo o melodramatismo musical para Titanic . Por esta última trilha, Horner ganhou os Oscars de Melhor Trilha Sonora (sim, é dele aquela flauta insistente que toca direto para Jack e Rose) e de Melhor Canção (sim, ele tem parte com “My Heart Will Go On”). James Horner também é o autor da trilha sonora dos filmes Campo dos Sonhos , Coração Valente  e Apollo 13  (as três indicadas ao Oscar de melhor trilha). Sua música para Jornada nas Estrelas II: a Ira de Khan (1982) traz uma orquestração de metais fantástica, com um tema principal épico e nostálgico.

CD Renascido: a solidez da doutrina na voz da fluidez musical - parte 1

Quando um compositor cristão faz uma música, ele atravessa o mesmo processo que um compositor de qualquer outra crença ou descrença: escolher a letra, a rima, a palavra certa; selecionar o som, a altura, o acorde. O que distingue a composição de um músico para outro não é o processo, mas o paradigma. Explico. Se o processo é semelhante, o paradigma de composição é diferente porque os compositores têm pelo menos dois modos de perceber o ato de compor: ou o músico se alinha às premissas musicais e poéticas mais convencionais ou ele busca os ingredientes musicais e poéticos mais inovadores. É com essa segunda percepção que o compositor, cantor e maestro Daniel Salles vê a prática musical. No CD Renascido , ele apresenta uma paleta variada de estilos e formas musicais que contêm o germe da invenção. Paradoxalmente, o que Renascido tem de inovação poética e musical, tem também de preservação da doutrina tradicional. Enquanto a doutrina é inflexível, pois se trata de declarar

CD Renascido: a solidez da doutrina na voz da fluidez musical - parte 2

*pequeno estudo sobre o CD Renascido, de Daniel Salles ( parte 1 aqui ). No CD Renascido , ainda há outros vestígios de suavidade no tratamento de temas mais sérios. Na música “Cardiomegalia” , por exemplo: no meio da noite veio uma vontade de acordar  volume no peito que crescia feito bolo de maracujá, sintomas de uma alegria que não cabia em mim [...] Por que usar nessa canção um estilo rítmico mais animogênico/movimentado? Segundo a letra dessa canção, “Na bíblia eu li que um homem coxo foi curado e se pôs a dançar E quase explodindo de alegria sua cura teve de contar Um tipo de cardiomegalia santa inflando o coração” No cristianismo, não somente a cura física, mas também o aceitar das boas novas da salvação estimula a alegria que não se pode conter: Não fica parado nem calado quem foi salvo da condenação [...]” “Quem recebeu a graça só consegue amar Pois sente o calor da chama viva a queimar O coração que cresce agora quer compartilhar Poi

II Guerra Mundial: 8 filmes, 70 anos depois

8 de maio de 1945: há 70 anos, os combates da II Guerra terminavam na Europa, enquanto no Extremo Oriente a guerra ainda prosseguia. Para lembrar o Dia da Vitória (conhecido como o Dia V ), deixe um pouco de lado de lado a fantasia da vingança de Bastardos Inglórios, o chororô de O Menino do Pijama Listrado ou qualquer filme de guerra com o Nicholas Cage e veja essa lista de 8 filmes sobre a II Guerra que provavelmente você ainda não assistiu. [Antes da lista, quero lembrar que há 30 anos eu e o Kelvin Ferreira, dois pré-adolescentes filhos de professores num internato no Amazonas (IAAI), fomos sabatinados sobre a II Guerra pelo colégio inteiro numa tal de capela cultural. Mesmo sendo dois devoradores de bibliotecas, não tínhamos respostas para todas as questões, mas as que tínhamos teriam nos levado longe num Show do Milhão.rs] Patton – O controverso general Patton foi até suspenso pelo alto comando por afligir seus soldados, mas era um estrategista tão genial e temi